Kong: A Ilha da Caveira (Crítica)
Kong: A Ilha da Caveira faz parte de um ambicioso projeto da Warner Bros, que é o de juntar dois grandes monstros do cinema: Godzilla e King Kong. Com este primeiro já tendo sua própria aventura em 2014, Kong marca o segundo passo desse universo compartilhado entre os dois, que culminará em um futuro filme que mostrará o embate entre eles e recebeu o humilde título King Kong vs. Godzilla. Com estreia prevista para 2020 e também uma sequência confirmada do filme do lagartixão que cospe fogo, a promessa é que neste momento tenhamos maior contato com esse mundo, para assim, lá na frente, podermos escolher de qual lado ficar. Se é que isso será possível.
Contando com um elenco interessante, com nomes como Tom Hiddleston (Vingadores), Brie Larson (ganhadora do Oscar por O Quarto de Jack), John Goodman (Rua Cloverfield, 10) e Samuel L. Jackson, Kong: A Ilha da Caveira é uma aventura que tem tudo para agradar, principalmente a galera mais jovem e todo mundo que curte um bom e velho filme de monstros gigantes e perigosos. Movimentado, lotado de efeitos especiais e muita, tipo, muita ação, o filme do macacão é uma verdadeira dose de entretenimento e serve como um belo exemplar de como um blockbuster deve ser. Divertido, relativamente simples, bem executado e acima de qualquer coisa: sem enrolação.
Com uma história sem muitas complicações, acompanhando uma expedição a uma ilha desconhecida e misteriosa, Kong não se preocupa muito em desenvolver seus personagens, todo mundo ali é apenas o que foi designado para ser e creio que isso não tenha atrapalhado o resultado, afinal, o grande interesse do público é ver essa galera passando perrengue e nesse quesito eles não deveram em nada. Recheado de mortes e cenas de violência moderada, a produção tem um tom muito legal de acompanhar; é como se fosse um jogo de vídeo game, saca? Cada hora eles estão numa fase e um novo inimigo aparece, matando alguns figurantes e aumentando a dose de aventura. Isso sem falar no nosso protagonista, que está gigantesco e é de uma perfeição técnica que faz o queixo cair, se tivesse só ele ali na história, isso já seria o suficiente, mas eles foram mais além e inseriram diversos bichos igualmente grandes que elevam ainda mais o nível de entretenimento. Aranha, lagarto, polvo, tem de tudo nessa ilha muito louca.
Ao assumir seu lado trash, com cenas que tomam bastante liberdade criativa, A Ilha da Caveira ganha o seu maior trunfo, já que se permite usar muito da imaginação e entregar tomadas de ação divertidíssimas que empolgam pra caramba. O gorilão não está para brincadeira e parte para a briga com os outros companheiros da ilha de uma forma louquíssima, confesso que voltei a ser criança ao embarcar nessas cenas e gente, isso foi MUITO legal. Em diversos momentos ele lembra uma boa e velha brincadeira de bonequinhos e foi inevitável não bater uma nostalgia. Quantas vezes ao longo da minha infância eu não botei meus monstrinhos de brinquedo para brigar? Aquilo foi a encenação de algo vivo na minha imaginação e confesso que fiquei até com vontade de chorar. A galera mais jovem com certeza vai pirar!
Bom, como vocês puderam perceber, Kong: A Ilha da Caveira é um pipocão que promete e cumpre bastante. Ele amplia muito bem o universo que estão criando para a treta entre o macacão e o lagartixão, e se tudo o que vimos aqui for metade do que nos aguarda, meus amigos, vai ser a briga do século. Mal posso esperar por isso e fica aqui a minha indicação, esqueça tudo e entre na sala do cinema com apenas um propósito: se divertir. Kong é realmente um rei e mostra isso da maneira mais insana possível, só nos basta aproveitar esse show da forma apropriada e claro, com um sorrisão no rosto 😉
ps: há uma ótima cena pós créditos, vale muito a pena ficar até o final!
Kong: A Ilha da Caveira
Kong: Skull Island
Lotado de aventura, esse é um filme que te diverte o tempo todo e dá uma sensação muito gostosa de nostalgia.